domingo, 3 de novembro de 2013

MITOS GREGOS - PARA OS ALUNOS DO 6º ANO


 
MITO DO MINOTAURO
O Minotauro (touro de Minos) é uma figura mitológica criada na Grécia Antiga. Com cabeça e cauda de touro num corpo de homem, este personagem povoou o imaginário dos gregos, levando medo e terror. De acordo com o mito, a criatura habitava um labirinto na Ilha de Creta que era governada pelo rei Minos.

Conta o mito que ele nasceu em função de um desrespeito de seu pai ao deus dos mares, Poseidon. O rei Minos, antes de tornar-se rei de Creta, havia feito um pedido ao deus para que ele se tornasse o rei. Poseidon aceita o pedido, porém pede em troca que Minos sacrificasse, em sua homenagem, um lindo touro branco que sairia do mar. Ao receber o animal, o rei ficou tão impressionado com sua beleza que resolveu sacrificar um outro touro em seu lugar, esperando que o deus não percebesse. 

Muito bravo com a atitude do rei, Poseidon resolve castigar o mortal. Faz com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro. Isso não só aconteceu como também ela acabou ficando grávida do animal. Nasceu desta união o Minotauro. Desesperado e com muito medo, Minos solicitou a Dédalos que este construísse um labirinto gigante para prender a criatura. O labirinto foi construído no subsolo do palácio de Minos, na cidade de Cnossos, em Creta.

Após vencer e dominar, numa guerra, os atenienses , que haviam matado Androceu (filho de Minos), o rei de Creta ordenou que fossem enviados todo ano sete rapazes e sete moças de Atenas para serem devorados pelo Minotauro.

Após o terceiro ano de sacrifícios, o herói grego Teseu resolve apresentar-se voluntariamente para ir à Creta matar o Minotauro. Ao chegar na ilha, Ariadne (filha do rei Minos) apaixona-se pelo herói grego e resolve ajudá-lo, entregando-lhe um novelo de lã para que Teseu pudesse marcar o caminho na entrada e não se perder no grandioso e perigoso labirinto. Tomando todo cuidado, Teseu escondeu-se entre as paredes do labirinto e atacou o monstro de surpresa. Usou uma espada mágica, que havia ganhado de presente de Ariadne, colocando fim aquela terrível criatura. O herói ajudou a salvar outros atenienses que ainda estavam vivos dentro do labirinto. Saíram do local seguindo o caminho deixado pelo novelo de lã.

O mito do Minotauro foi um dos mais contados na época da Grécia Antiga. Passou de geração em geração, principalmente de forma oral. Pais contavam para os filhos, filhos para os netos e assim por diante. Era uma maneira dos gregos ensinarem o que poderia aconteceu àqueles que desrespeitassem ou tentassem enganar os deuses.

 

A CAIXA DE PANDORA


A caixa de Pandora é um mito grego no qual a existência da mulher e dos vários males do mundo são explicados. Tudo começa quando Zeus, o deus de todos os deuses, resolveu arquitetar um plano para se voltar contra a ousadia de Prometeu – que entregara aos homens a capacidade de controlar o fogo.

            Para tanto, Zeus decide criar uma mulher repleta de dotes oferecidos pelos deuses e a oferece a Epimeteu, irmão de Prometeu. Antes disso, Prometeu recusou a jovem Pandora de Zeus temendo que ela fizesse parte de algum plano de vingança da divindade roubada. Ao aceitar Pandora, Epimeteu também ganhou uma caixa onde estavam contidos vários males físicos e espirituais que poderiam acometer o mundo.

      Desconhecedor do conteúdo, ele foi somente alertado de que aquela caixa não poderia ser aberta em nenhuma hipótese. Com isso, o artefato era mantido em segurança, no fundo de sua morada, cercado por duas gralhas barulhentas. Aproveitando de sua beleza, Pandora convenceu o marido a se livrar das gralhas que lhe causavam espanto.

     Após atender ao pedido da esposa, Epimeteu manteve relações com ela e caiu em um sono profundo. Nesse instante, não suportando a própria curiosidade, Pandora abriu a caixa proibida para espiar o seu conteúdo. Naquele momento, ela acabou libertando várias doenças e sentimentos que atormentariam a existência do Homem no mundo.

           Zeus assim concluía o seu plano de vingança contra Prometeu. Logo percebendo o erro que cometera, Pandora se apressou em fechar a caixa. Com isso, ela conseguiu preservar o único dom positivo que fora depositado naquele recipiente: a esperança. Dessa forma, o mito da Caixa de Pandora explica como o Homem é capaz de manter-se perseverante mesmo quando as situações se mostram bastante adversas.

          Além disso, esse mesmo mito explora a construção da identidade feminina como sendo marcada pela sensualidade e o poder de dissimulação.

 

Os Doze Trabalhos de Hércules


 
Entre os heróis gregos destacava-se Héracles, mais conhecido pelo nome romano - Hércules - cultuado em toda a Grécia. Tratava-se de um herói nacional. Tornou-se famoso por ter realizado doze trabalhos, em benefício dos gregos. Filho de Zeus e Alcmena, Hércules, que era um semideus, sofreu desde o seu nascimento as perseguições de Hera, esposa de Zeus, por causa dos ciúmes que este provocava com seus romances com mulheres mortais. Em uma ocasião, ela enviou duas serpentes para matá-lo, quando ainda estava no berço, mas Hércules as matou com as próprias mãos.
Como não conseguiu matá-lo, Hera fez com que Hércules ficasse sob as ordens de Euristeus e obrigado a obedecê-lo em tudo. Euristeus fez com que ele executasse façanhas perigosas e que ficaram conhecidas como “Os Doze Trabalhos de Hércules”. Tais trabalhos não poderiam ser executados por pessoas comuns, meros mortais. Eles eram os seguintes:
1.            Matar o Leão que apavorava a cidade de Neméia, e levar a pele até Euristeus. Hércules vendo que não conseguia vitória com sua clava ou suas setas matou-o com as próprias mãos. Chegando a frente de Euristeus, este ficou tão assustado com a demonstração de força de Hércules, que ordenou que as próximas provas de vitória fossem feitas fora da cidade.
2.            Havia um monstro, a hidra de Lerna, que devastava a região de Argos e habitava um pântano perto do povo de Amione.  O monstro tinha nove cabeças, sendo que a do meio era imortal, sendo que a cada cabeça que Hércules matava, outras duas surgiam em seu lugar. Com a ajuda de seu servo Iolaus, Hércules conseguiu queimar as cabeças e enterrou a nona, a imortal, debaixo de um grande rochedo.

3.            Outro grande trabalho foi a limpeza dos estábulos de Áugias, rei de Élida, que tinha um rebanho de três mil bois, Seus estábulos não eram limpos há trinta anos e Hércules desviou o curso dos rios Alfeu e Peneu, fazendo-os passar por dentro dos estábulos, limpando-os.
4.            Admeta, filha de Euristeus, desejava muito possuir o cinto de ouro de Hipólita, a rainha das amazonas, que era um povo constituído apenas de mulheres e propensas a guerrear. Hércules foi incumbido de buscar o cinto de ouro e assim o fez, com ajuda de alguns voluntários.
5.            O trabalho seguinte foi levar a Euristeus os bois de Gerião, monstro de três cabeças que vivia na Ilha de Eritéia, da qual Gerião era o rei. Depois de uma longa viagem, Hércules chega à fronteira da Líbia e Europa onde, segundo a lenda, abriu uma passagem no meio de uma montanha, dando origem ao Estreito de Gibraltar (canal que separa a Europa da África). Para consegui os bois, Hércules teve de matar o gigante Eurítion e seu cão de duas cabeças.
6.            Outro trabalho foi colher os pomos de ouro das Hespérides, filhas de Héspero. Os pomos eram maçãs dedicadas à Juno, por ocasião de seu casamento e eram vigiadas por um dragão. Com a ajuda de Atlas, titã que fora condenada a sustentar o firmamento nas costas, Hércules conseguiu as maçãs e entregou-as a Euristeus. Alguns estudiosos acreditam que os pomos de ouro eram as laranjas da Espanha.
7.            Precisou, também, caçar a Corsa de Cerínia, um animal lendário com chifres de ouro e pés de bronze. Por causa da grande velocidade com que o animal se locomovia, Hércules demorou um ano para capturá-la e levá-la a Euristeus.
8.            O javali de Erimanto foi outro trabalho ao qual Hércules se viu forçado a executar. Depois de cansá-lo e capturá-lo vivo, levou- até Euristeus, que ao vê-lo sentiu tanto medo que foi se esconder dentro de um caldeirão de bronze.
9.            No lago Estínfalo, com setas envenenadas, conseguiu matar os monstros cujas asas, cabeça e bico eram de ferro, e que, pelo seu gigantesco tamanho, interceptavam no vôo os raios do Sol. Eram as aves do Lago Erimanto.
10.        Outra tarefa era levar o Touro de Creta vivo até Euristeu. O touro era enraivecido e aterrorizava o povo da ilha grega de Creta, pois Poseidon, o deus dos mares, o havia oferecido a Minos, rei local. Hércules não só capturou-o como, montado no animal, levou-o até Euristeu.
11.        Diómedes, rei da Trácia, filho de Ares, possuía cavalos que vomitavam fumo e fogo, e que, por ordem de seu dono, comiam os estrangeiros que as tempestades jogavam em seu país. Hércules, cumprindo mais um de seus trabalhos, entregou-o à voracidade de seus próprios animais.
12.        Por último, foi incumbido de trazer do inferno, o cão Cérbero, que guardava a entrada do mundo das profundezas. Hades, senhor do mundo inferior, autorizou Hércules a levar o cão, desde que o dominasse sem usar nenhuma arma, o que foi feito e, após mostrá-lo a Euristeus, devolveu-o às profundezas.
Assim, viu-se satisfeitos os doze trabalhos de Hércules.
 

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